segunda-feira, 30 de novembro de 2009

como NÃO paquerar

-Ooooooooi, Fernandinha.
-Oi?
-Não lembra de mim, né?
-Hmm, não. Desculpa.
-Te vi tocando e fui falar com você. Daí a gente já se encontrou por aí umas vezes.
-Ah, lembrei! Tudo certo?

Papovaipapovem.

-Tava vendo umas fotos suas. Você fica muito diferente.
-Ah, pois é. Não sou muito fotogênica.
-Não é bem isso. Acho que é porque você tem essas bochechas grandonas. Daí quem vê uma foto sua assim, meio de rosto, chuta que você é bem gordinha.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Boxe

Queria que a raiva desse para as minhas mãos a mesma habilidade que dá pra minha língua. Eu seria campeã de uma categoria nova: os pesados ligeiros.

PS: como é difícil escrever mais que 140 caracteres. Afe.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

declaração inicial

Curitiba – São Paulo
São Paulo – Buenos Aires
Quase 5 horas de espera no aeroporto.
Almoço: 30min
Visita a todas as lojas possíveis com direito a passagem calma pela livraria e tiração de sarro das lembrancinhas artesanais: 1h20min
Ida ao banheiro e comentários do tipo “tá faltando gordura aqui”: 10min
Passeio pela parte externa do aeroporto, que inclui visita a um monumento histórico e demolição de parte do jardim selvagem: 30min
Contação de baphons: 20min
Mensagens aleatórias: 10min
Saldo: mais de 1h.

Duas hiperativas, já no cúmulo do desespero e no final da criatividade, passam em frente ao salão de beleza.
“Vamos fazer as unhas?”
Preço: 25 reais. Só a mão.
25 reais são 50 pesos. 50 pesos é uma boa garrafa de vinho.
Nem fodendo.
Há alguns passos dali, uma farmácia.
“Você também pensou nisso?”

Resumindo: nós duas fazendo as unhas no meio da praça de alimentação, infestando o local com cheiro forte do esmalte e da acetona, recebendo caretas desaprovadoras quanto a nossa atitude egoísta, rindo de quem borrava mais, de como faríamos para pegar a passagem no bolso sem estragar o trabalho ou do quão ridículo ia ser nós duas por aí de unhas idênticas.
“Acho que a gente tá incomodando”, digo eu.
“Foda-se”, diz ela.

Essa história nem é tão boa, mas serve bem pra resumir o quanto Milana e eu temos aí, essa coisa bonita, essa cumplicidade, essa sintonia.
O blog conjunto é só consequencia.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Primeiro post

Escrever num blog novo é como chegar numa festa onde você tem só um conhecido (um daqueles que a gente preza, porque pra convencer a ir numa festa esquisita...). Dá um frio, você respira fundo, olha pra um ponto qualquer da parede em frente e se joga. Aí tem duas opções:

1- o amigo é daqueles bons e já está no maior papo com as pessoas bonitas da festa, que vão encher o seu copo durante o resto da noite.
2- o amigo é dos atrasados e te deixa plantada por 25 minutos com um copo de qualquer coisa, duas idas ao banheiro, 4 sms e duas ligações que não existem, mas você finge estar falando no telefone. Aí ele chega já bêbado, arruma um affair e causa o seu desperdício de figurino (afinal, a gente sempre se arruma mais pra ir em festas de desconhecidos).

Pelo que eu conheço da Nanda, esse blog vai ter o desfecho 1. Figas!