terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tempos de Google

Buscas que trouxeram as pessoas até este blog:

- bunda plastico comprar
- minha bexiga foi enchendo xixi
-minininhas de canga sem calcinha na praia (assim mesmo MI-NI-NI-NHAS)

Google, questiono teus critérios, mas reconheço teus méritos. Vamos lá: download, seriados, mp3, fotos, nua, sexo, sexo, sexo, travesti, shemale, promoção, passagens, gol, lady gaga, justin bieber, lindsay lohan, amy winehouse, threesome, memória, saúde, piadas, funny...

Vamos lá, me ajude você também. (:

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

dicionário do femininês

São tantos verbete, tantos significados, tantas variantes, não é mesmo?
Mas fica a dica aí pra você amigo, que quer IMPRESSIONAR sua fêmea e ouvir a frase mágica “só você me entende”:

não é nada: você fez/deixou de fazer alguma coisa que eu estava esperando;
vamos embora? Estou cansada: você disse alguma coisa que eu não gostei, não percebeu e não se retratou;
estou me achando feia hoje: eu passei 2 horas me arrumando, entrei no seu carro esperando um “nossa, como você está linda” e você APENAS pediu pra eu pegar o som que estava no porta-luvas;
queria fazer alguma coisa diferente hoje: eu cansei de transar na sua ou na minha casa. me leve pra um motel;
não gosto dessa sua amiga: diferente de você, eu não sou idiota e já percebi que a menina guarda sentimentos pela sua pessoa;
o dia hoje no trabalho foi horrível: ignore meu mau-humor, me leve pra beber e segure meu cabelo enquanto eu vomito. No outro dia, me ligue como se nada tivesse acontecido.

No fundo, mulher é um ser muito simples.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Especialidades

Morar em apartamento alugado é uma merd@. Dá vontade de quebrar a parede, mudar tudo de lugar, mandar trocar a pia, mas não. Você é pobre e inquilina.
No meu caso, inquilina de um apartamento perto do mar, mas longe das condições ideais. Passei os primeiros 15 dias de minha estada aqui deixando ele habitável. Segue o rol de especialidades que desenvolvi
1- faxina pesada
2- conserto de tomadas
3- troca de chuveiro
4- aplicação massa corrida
5- pintura (incluso aí escolha da cor e tipo de tinta, pincel e materiais afins)
6- fechaduras (ainda em desenvolvimento)
7- manuseio apropriado de furadeira
8- montagem e manutenção de móveis
9- escolhendo a ferramenta adequada
10- a vida sem fita crepe

E neste exato momento, a número 11: reparo em pias de granito.
Precisando de serviços, beijomeescreve.
Marido de aluguel uma ova. o/

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Reconhecimento

9h30 da manhã de quarta-feira. Uma voz feminina afinada chega ao quinto andar com louvores.
"é o teu amooooor que me conduz...."
O repertório não é dos meus, mas a vizinha canta bem, e a plenos pulmões. Depois de um grande agudo, eu na janela procurando pra ver quem era a dona da voz, aplaudo e assovio.
Quis agradar, calei meu rouxinol.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Balança

Comprar é um prazer. Se não fosse a gente não passaria 8 (ou 15) horas do dia trabalhando pra conseguir dinheiro. Não só as coisas que você leva e usa, mas também o sushizinho, o chopp - eisenbahn! - da sexta-feira e a entrada daquele show.
Quando não se tem dinheiro, tudo isso desaparece. A alegria de comer um queijo mofado ou ter uma blusa nova bonita pra exibir ficam no extrato da conta. Toda e qualquer pequena coisinha que você tem vontade de fazer, ou no meu caso comer, custa dinheiro que você não tem ou não pode gastar. E comer é o que eu mais gosto de fazer. Mais até do que de não fazer nada.
Por hora me equilibro em outros prazeres que estou descobrindo nessa vida nordestina. Vamos lá: um belo banho de água salgada depois de correr na areia fofa, um banho de água gelada depois de um banho de água salgada, passar o dia todo de chinelo, ver as pernas definindo e a celulite indo embora, ler na rede tomando a brisa do mar nas fuças, sentir o fresquinho do hidratante, cozinhar ouvindo minhas músicas preferidas, ver filmes ruins e um inusitado: esporadicamente entrar no ar condicionado (a rima é acidental).
Ok, confesso. Dane-se a hiponguice. Troco vida por dinheiro.

Consultoria

Amigos do sexo oposto são fundamentais. A minha impressão é que homens que tem amigas/irmãs são melhores em uma série de coisas importantes, a saber:
- entender a mágica da menstruação - datas, TPM, hormônios
- moda
- como impressionar uma moça
- quando dormir na casa da amada
- ...

Já as moças que contam com um fiel escudeiro de confiança tendem a entender melhor a postura masculina. As minhas consultas com amigos geralmente terminam com: Mila, não pire!

Hoje o assunto era decoração da casa. O sujeito, feliz com a casa nova, queria que eu dissesse pra ele onde colocar um quadro (eu também pensei nesse lugar aí, mas é amigo né?). Analisa daqui, pensa dali, tava quase considerando pedir uma foto quando tive uma ideia melhor:

- Faz o seguinte: aproveita que tu tá aí na vida loka, pega uma designer, leva pra casa e ganha uma consultoria grátis! Mas cuidado, deixar um mulher botar o dedo na sua casa pode ser fatal.


Ai que saudades da Amélia

Passar uma camisa é um ato de amor. Gola, manga, bolso, frente, trás, olha a dobra...
Aí a senhora distinta lava a camisa, perfuma, passa muito direitinho pra deixar o homem amado muito apresentável... E ele usa a camisa pra impressionar a amante.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Epopeia marítima

A verdade é que eu e o mar nunca fomos amigos. Cresci em Toledo, há 650 km da praia (praia, quer dizer, do litoral do Paraná, pra chegar na praia mesmo dava mais uns 100km). A família só ia pro litoral a cada 2, 3 anos e era sempre um desespero. Não tenho muitas lembranças da praia em si, mas tenho várias do cheiro que a desidratação me fazia sentir em tudo. Tinha até alergia de areia e pavor de camarão, veja você.

A praia pra mim era assim: acorda cedo, toma café, carrega cadeira e guarda-sol, passa protetor, entra na água, sai do sol, almoça, dorme, carrega cadeira e guarda-sol, passa protetor, entra na água, volta pra casa com havaiana com areia (a parte que mais detesto), silêncio que vai começar o jornal nacional, acabou a novela, hora de dormir.

Depois que mudei pra Curitiba entendi o real significado de praia: dorme até cansar, toma caipirinha, carrega o isopor com cerveja e gelo, senta na canga, alguém trouxe protetor?, entra na água, toma uns caldos, come comida sem higiene, volta pra casa, toma banho, toma cerveja, toma engov...

Agora que to em João Pessoa (ainda sem emprego) a rotina é: acorda cedo, dorme na praia, passa protetor, toma caldo - do mar, toma caldo - de camarão, coloca o havaiana com arei.... OPS, PQP! ROUBARAM MEU HAVAIANA!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Celebridade

Sexta, 11h30 da manhã, último dia oficial de férias. A proposta era irrecusável: tomar um chopp no shopping pra comemorar o novo emprego do bofe. 8 chopps depois - afinal, são dois ou infinitos - um sujeito vem na minha direção e solta:
- Olha, não fica com raiva de mim não, mas tu parece a Carolina Dieckmann.
Vira as costas e some.
Isso sim é hospitalidade!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

a vida ensina

Sete mulheres em volta de uma mesa contavam suas peripécias e o processo do descobrimento do sexo oposto. Quando foi o primeiro beijo, o primeiro apertão nos “peitos”, o primeiro avanço do sinal vermelho, e a primeira coisinha lá.
A que namora há sabe lá deus quantos anos anos, fica bêbada com meia taça de vinho e um dia nos confessou só ter calcinha de algodão soltou.
-AH, mas eu já beijei mulher, veja só!

...silêncio...

-É que quando eu era pequena, eu era curiosa, sabe. Daí, eu brincava de menino e menina com as minhas amigas.

...silêncio e olhos arregalados...

-NÃO, gente. Era bem inocente. Uma das meninas colocava uma meia enrolada na calcinha pra fazer volume e a gente ficava se “agarrandinho”.

Na dúvida, a vida ensina.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vivendo na casa nova

Dicas importantes:
Aprenda a diferenciar a campainha do interfone, o interfone do telefone fixo, o telefone fixo da campainha, a campainha do telefone do vizinho, o interfone do vizinho da sua campainha, a campainha do vizinho do telefone fixo da tv...combinação de n ao infinito.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O ciúme é um jegue no centro da cidade

Estávamos nos passeios pelos 1,99 de João Pessoa para comprar essas quinquilharias que pouco custam e muito ajudam. No meio do centro um jegue passeava tranquilo, como se fosse um cachorro de rua. O namorado para o carro e desce empolgado, fotógrafo iniciante. Subindo a rua estão 3 meninas de 15 anos. Eu, cansada, espero perto do carro e ouço as meninas "ai que bonitinhooooo" e me solidarizo. Achei meigo o jegue passeando e remexendo os lixos por aí.
Meio segundo depois uma das ninfetas complementa: e fotógrafo ainda!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Choque cultural

Paraíba: 1001 jeitos de estragar um bom pedaço de carne:
colocam no sol, no sal, na manteiga, no alho, torram no fogo até virar pedra, desfia, mistura com mandioca...
Chega logo mudança! Estou precisando comer um grande pedaço de carne com sangue.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Senso de direção

Lição de viagem número 74:
Quanto maior a pança do cidadão, melhor a informação sobre rotas que ele pode te dar.

Google maps, está na hora de começar a tomar cerveja e comer amendoim.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Transposição do São Francisco

Onde eu vou, chove. Sou como um grande ímã de nuvens negras. Fiquei assim quando me mudei pra Curitiba. Em Toledo, sempre que rolava uma seca, meu pai pagava a passagem pra eu ir pra lá e salvar a lavoura.
Há 2 dias parti de Curitiba em direção a João Pessoa. Estou em Paraty há 1 dia e meio de chuva.
Amanhã sigo pra Búzios...
Sou a solução pra seca no nordeste.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

me-mó-ria

Minha memória, como todos já perceberam, não funciona.
Agora, por exemplo, eu estou só com um pé da meia porque eu acabei de tirar o par do armário e já perdi uma delas.

Então, eu queria deixar aqui registrado para minha lembrança o quanto eu odeio a tortinha do Mac Donalds, o quanto ela tem gosto de nada, que inevitavelmente você vai se queimar com o recheio e deixar aí o questionamento do porque diabos esta deve ser a quinta vez só neste ano que eu como essa merda encaixotada e daí lembro o quanto aquilo é péssimo.

Vou ali procurar o outro par da minha meia.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Instinto Maternal

Passear no meio dos emos que ficam na frente do mueller acabou com meu instinto maternal.
Já pensou passar 2 anos limpando uma bundinha cor de rosa pra depois vê-la vestida de emo, fumando derby e pegando o beavis?


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dieta

Olá, aceita um biscoito integral de baixa caloria?
- tem açúcar?
- não.
- tem gordura?
- não.

Então por que é que eu vou comer?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Só para registro

Faz uns 6 meses que não vemos a senhorita Brun dar o ar da graça na balada. Além de não comparecer ela costuma dar o bolo nos abiiiigo. Sexta a amiga ilustre decidiu que ia tirar o mofo dos paetês e cair na NÁITE. Citando a própria: "sem bolos dessa vez".

Sexta, 10h da noite, o mundo despenca. Um temporal digno de uma seca de seis meses. Brun fica em casa.
Na segunda, o que temos é a pergunta:
Que gosto tem teu veneno, dona Fernanda?

muábeijomeliga! hehe

Dry Wall

Hoje descobri a facilidade, comodidade, sustentabilidade [insira aqui a ADE da sua preferência] do dry wall.
Pena que para adaptar os imóveis ao meu padrão de coordenação motora eu sempre imagine grandes destruições de paredes.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

europa (I)

A coisa mais difícil de fazer grandes viagens é a escolha dos mimos para amigos e familiares. Tem muita oferta, sabe, mas eu sempre acho meio podre comprar algum bibelozinho que poderia ser encontrado na Casa China.
E lá estava eu, já na quarta cidade da viagem, sem nenhum presente pra minha mãe. Minha mãe, no caso, seria mais difícil de agradar: ela tinha acabado de voltar de uma viagem também para a Europa com as amigas.
Daí procurei, procurei e resolvi unir duas memórias:
1- Ela AMA DESCONTROLADAMENTE o natal;
2- Ela ficou absolutamente apaixonada pela Torre Eiffel.
Eis que, caminhando por uma lujinha, encontro um enfeite um Papai Noel segurando uma Torre Eiffel. Sem olhar preço ou pensar duas vezes, corro para o caixa, satisfeitíssima com minha sagaz compra.

Chego ao Brasil animada:
-Mãaaaaaaaaae, te comprei um presentinho que você vai amar!
-E o que é, filhota?
-Um enfeite de natal!
-Ah, que lindo...
-Calma. Mas é: UM PAPAI NOEL SEGURANDO A TORRE EIFFEL.
Ela ri baixo, suspira, ri de novo e solta.
-Ô filhinha... sua memória realmente é um caso a ser estudado.
E me lembra que, assim que ela chegou de viagem, a primeira coisa que ela tirou da mala pra me mostrar foi o mesmo papai noel segurando a mesma torre eiffel comprada na exata mesma loja.

Ainda bem que eu trouxe um monte de barra de Lindt pra garantir.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Economizando

Vamos supor que hoje você leitor felizardo e endinheirado vai comprar um carro.
opção a) Na concessionária do lado da sua casa ele custa 28.000 reais (belo carro hein?).
opção b) Na concessionária há 40 km da sua casa ele custa 27.700 (des-con-tão!)

Guarde a resposta.

Agora você leitor felizardo e endinheirado vai comprar um Ipod (música acalma até animais selvagens!)
opção a) No shopping ele custa 600 reais
opçaõ b) No Paraguai (500 km!) custa 300 reais.

Agora faça as contas: são os mesmos 300 reais! Claro, no caso do carro o desconto é 15% e no Ipod é a metade do preço, mas o valor é o mesmo. Ou seja, será que vale mesmo a pena andar meia cidade a mais para encher o tanque do carro por 4 reais a menos? Vale a pena ser pão-duro e ficar no trânsito pra sempre? Ir naquele bar cujo som é terrível mas a cerveja é 0,50 mais barata? TUDO vale a pena se alma não é pequena?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Corporativismos

Coisas que considero bobagem no mundo empresarial:

1- Uniforme pra quem não é vendedor
2- Chamar funcionário de "colaborador"
3- Reunião de mais de 15 minutos
4- Reunião com mais de 4 pessoas
5- Reunião que pode ser resolvida por email
6- Bloquear sites pra gente que trabalha com criação
7- Cartão-ponto. Trabalhos por meta, pessoal!
8- Horário flexível que só não tem hora pra terminar...
9- Festas da firma/ happy hour da firma
10- Planejamento (dá certo aí onde você trabalha?)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Adocica meu amor, adocica

Edição. É isso que estou fazendo hoje no feriado e em um punhado de datas comemorativas passadas e vindouras. Uma série de princípios, escolhas, regras, aquela bíblia toda. E aí sempre tem alguém que pergunta:
"Mas tem como resolver isso na edição?"

De hoje em diante a resposta vai ser essa:

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Vitrines

Na fachada a promoção era clara:

Liquidação - 50% OFF
Mas era no cantinho estava o que ela procurava. Em um papel sulfite amarelado, impresso em Comic Sans que um dia foi azul o anúncio dizia:

Oportunidades no interior da loja

Respirou fundo, entrou.

- Olá, posso ajudar?
- Eu vim em busca de oportunidades.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Dos trabalhos

Deve ser tenso trabalhar em revistas de dieta. Já pensou em como escrever de 1001 maneiras "PARE DE COMER E EMAGREÇA!" ?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Descobertas

Por algum motivo eu conheço a letra ridícula do atirei o pau no gato politicamente correto:
"Não atire o pau no gato porque isso não se faz
O gatinho é nosso amigo
não maltrate não maltrate os animais".

O que eu não sabia é que "Dona Chica admirou-se" na letra original. Passei 27 anos cantando: dona chica-ca de Mirousse-se. Assim, sobrenome, igual da Silva, de Lara, de Souza. De Mirousse.

do berrô do berrô que o gato deu.
MIAU!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Dieta da Política

Passei a noite com insônia. Levantei para ver intercine e dei de cara com um filme com: morgan freeman, Cristina Ricci e JUSTIN TIMBERLAKE! Ruim o suficiente pra não valer a pena ver em outros dias, bom o suficiente pra não me fazer dormir. Ja o Jô tava tão insuportável que preferi analisar semanticamente o "Fala que eu te escuto".

Mas o que eu queria contar é que fui ver a propanda eleitoral gratuita. Sou uma pessoa paciente, sabe. Ouço todo dia no rádio "A Voz do Brasil". Fico analisando texto, tendências, qualidade de som e por que diabos colocam uma mulher com a língua presa pra apresentar o programa (todas análises inclonclusivas até o presente momento).

O horário eleitoral dá uma vergonha alheia, deusdoceú. Gente que se leva a sério demais pra ser engraçada e a sério de menos pra ser considerado político. Mas o que dá pena mesmo é o PSTU. O fundo vermelho chapado e o enquadramento de foto 3 x 4, vá lá. O triste é ouvir as propostas em 15 segundos com SOM AMBIENTE! ParEmo né? Pelo menos um microfone o socialismo tem que bancar. É para o bem do povo!


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Random

Não consigo escrever mais que 140 caracteres. Bloqueada pelo twitter.

O que fazer em casa num dia de frio? Planos (sempre adiados) para um dia de calor.

O frio requer muita organização. Minha prateleira ficou etiquetada em blusas camada 1, blusas camada 2, blusas camada 3 e tão-feias-que-não-servem-nem pra-ceroula.

Resenha de A Origem: vi dias depois de Ilha do Medo. Resolvi rever Romeu e Julieta só pra ter certeza que não é o Di Caprio que me deixa maluca. Na passada pra locadora acabei pegando Gilbert Grape e agora Prenda-me se for capaz!







quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Coragem

Imaginei que estivesse frio porque estava dormindo de moletom e 4 edredons. Mas já estava vestida mesmo, só coloquei o casaco por cima, lavei o canto do olho com a ponta dos dedos e fui pra natação. Piscina aquecida, chuveiro de caldeira, aquela qualidade de vida toda. Meio dormindo, NEM PERCEBI QUE ESTAVA 5 GRAUS E CHOVENDO!

Normalmente tem umas 10 pessoas na hidro e umas 8 nadando. Cheguei lá hoje e tinha água parada, a neblina do vapor da piscina e o professor desconsolado no cantinho. Fui a ÚNICA vivente a se aventurar a nadar hoje.

Fiquei com dó do cara (afinal, almoçar mais cedo, quem curte?) e me ofereci pra ir embora - pode ser até que não nadasse, mas que ia tomar banho, ah, isso ia.
Negou. Ficou lá pensando na vida até as 11h20, quando terminei meus 2.100 metros.

Hoje está tão frio que estou pensando num jeito de ficar trancada num shopping pra passar a noite.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Questão de gênero

Diz o senso comum que a vida tem fases. Não sei como é aí, mas a minha é dividida em gêneros.
Teve uma bela época que vivi um grande filme sessão da tarde. Já passei alguns dramas também - felizmente nenhum grande roteiro, só esses dramas de minissérie.

Neste ano estou alternando entre seriados (mais pra sex and the city que pra true blood, infelizmente. Espero não chegar ao Dexter!) e comédia romântica. Mas o que predomina mesmo é a Malhação: há 10 (?) anos na TV e há 10 anos na minha vida: bafões, diálogos mal construídos, um tanto de demagogia, um personagem que sai da série e entra na novela das 7...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

da série inesquecíveis

-o primeiro sutiã
-o primeiro amor platônico
-o primeiro sapato de salto
-o primeiro amor verdadeiro
-o primeiro chifre
-o primeiro salário
-o macarrão no alho e óleo

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sobre o tempo

Nunca usei relógio. Primeiro porque sou hiperativa, não aguento ter uma coisa amarrada no meu pulso. Se tiver vou mexer nela o tempo todo. Segundo porque é inútil: estou sempre atrasada mesmo (pontualmente 20 min atrasada) e sempre tem alguém do lado que tem um relógio - emboras as vezes as pessoas pensem que eu vou assaltá-las quando pergunto a hora. Tenho alguns mecanismos de medir tempo, como a quantidade de músicas que já ouvi ou o que tá passando na globo, ou a hora que está no bina, esse bendito aparelho.

Com tamanha imprecisão nessa vida diária nunca soube olhar as horas em relógios de ponteiro. Até conheço a teoria e tal, mas é como matemática de contar nos dedos: ali é o 30, aqui é 40, o ponteiro da hora tá mais pra duas que pra três... Mas isso me toma 30 segundos preciosos que eu poderia usar assoviando o refrão minha música favorita da semana. Eis o cenário.

Aí um belo dia eu resolvo pegar ônibus. Munida de boa vontade e nenhum contador de tempo me encaminho ao terminal do cabral, que fica há 3 músicas a pé da minha casa (sempre lembrando que não ouço legião nem pink floyd). Entro e bem informada e alfabetizada procuro a placa do ligeirinho inter 2. Lá está: Ligeirinho inter 2, sentido horário. Epa! Horário? A meia-noite está para o centro ou para o bairro?

Atravesso o tubo por baixo da linha do ônibus procurando uma placa mais informativa. Adivinha: inter 2, sentido anti-horário. Uso as habilidades desenvolvidas com o pedir do tempo ao longo da vida e indago uma senhora de sapatilhas moleca, uma sacola de pano grande:

- Esse ônibus vai pra qual lado?
- Pro lado do bairro, ela diz indiferente.

Ora, o nome do ônibus é INTERBAIRROS! É óbvio que ele vai para o BAIRRO!
Desisto. Pego o expresso até o centro e faço o resto do caminho de táxi, com saudades de quando eu era analfabeta na ucrânia e fingia que era surda-muda pra conseguir ajuda pra chegar em casa.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dica de Sedução

Teoria do Leão na Savana

Está lá o Leão, com sua juba imponente, sua cara de mau e sua fome sem limites.
Ele se aproxima sorrateiramente de um grupo de zebras. As vítimas, com suas listras brancas e pretas, pastam, tranquilamente. O leão olha, analisa, e escolhe UMA zebra. Aquela, bem no meio do bando, que terá sua vida abreviada de forma trágica.

O leão parte para o ataque. Histeria no bando, elas correm, tropeçam, vão para todos os lados. O leão desvia de uma zebra que cai, pula por cima de um filhote, ignora as presas fáceis. Afinal, ele quer AQUELA ZEBRA. Depois de 25 segundos de espetacular perseguição, eis o felino com o pobre mamífero entre os dentes.

O mesmo vale pra você, nobre caçador da balada. Escolha sua vítima, rodeie, parta para o ataque e mantenha o foco. FOCO! O leão que muda de ideia no meio do caminho acaba sem janta.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

o meu, o seu, o nosso chifre

Vídeo para contextualizar o post

A mulher, coitada, é chifrada pelo marido com a amiga por cinco anos.
Foi tirar satisfação, deu caderada na menina, fez barraco.

Sobre traição, a vida me ensinou que o barraco não funciona. Faz barulho, mas é esquecido rapidamente e vira piada facilmente (ou vídeo no youtube).
Vingaça sim. Essa vale a pena.

nanda diz:
HAHAHHAHAHAH
pedia coisa pelo correio
BOLINHA
amiga diz:
foda né
da morte
eu tirava o couro da piranha
e ai chega ali e me fala: "ai nem tenho o q falar”
oi?
nanda diz:
o marido tb
acho que esperava ele ter outro infarto e deixava morrer
amiga diz:
eu colocava purgante na comida
nanda diz:
MELHOR
aqueles remédios pra calvície que deixam brocha
ia fazer isso por uns 6 meses enquanto gastava todo o dinheiro dele
daí faria monte de plástica
e arrumava um bofe de 20 anos na academia
fim

Ser impulsiva é coisa de gente burra
#ficadica

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dicas de moda

O uso do mocassim:
O Mocassim é um sapato versátil que pode ser usado em 2 (dois) tipos de ocasião.
1- para jogar bocha
2- para buscar a sua neta no colégio.

Bocha entre amigos: correto uso do mocassim









O uso do crocs: O crocs é unissex e também pode ser usado em dois (02) tipos de ocasião:
1- joanete
2- pós-operatório de cirurgia no pé.

Joanete, um bom motivo pra usar crocs.


sexta-feira, 11 de junho de 2010

Póóóóóóó

Que o homem tenha ido pra Lua 20 anos antes de inventar o videocassete, vá lá, eu até engulo.
Mas que com plena tecnologia digital 3d, copa ao vivo e o escambau não exista um botão "tirar vuvuzela da transmissão", aí não dá né?

Globo, desliga a vuvuzela! Tem que ter alguma vantagem em não ver a copa no estádio.

em tempos de amor

na frente do bar, um cidadão para e pede alguma moeda. Inspirado, começa a falar.
-A gente tem que valorizar o amor que tem, sabe? Eu amo, amo, amo, AMO uma mulher e a gente tem um filho de 23 anos. Mas ela não me quer mais porque me pegou saindo do motel com outra e porque ela cozinhava pra mim e eu chegava em casa e dizia “essa porcaria de comida tá fria”. A gente se arrepende, sabe? Ela é a mulher da minha vida.

imagina se não fosse...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Matemática

Do amigo comprando apartamento:
- Preciso achar uma mulher na faixa dos 27 e meio.
- Idade?
- Não. Alíquota de imposto de renda.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

a realidade

Matéria séria - porém leve - sobre Nove maneiras estúpidas de usar o próprio dinheiro.
Entre as dicas, aquelas que já sabemos: não achar que promoção é sinônimo de bom negócio, não comprar por impulso, ignorar dívidas e por aí vai.
Entre as diversas tentativas de explicar os pontos com exemplos reais, o jornalista nunca chegaria nem perto do depoimento sensibilíssimo que um dos leitores deixou ao responder à pergunta “Já fez alguma burrada com seu dinheiro?”, deixada no final da reportagem.

“Já sim e que burrada! Casamento em crise, a mulher me disse que eu não acharia outra mulher e que nenhuma mulher iria me querer. Daí apareceu uma morena, 1,80 de altura, bonita, muito bonita, louca, louca, na cama, e eu de queixo caído, viajava 80 km pra ir namorar, torrava gasolina, motel, drive-in, presente, enfim, estava xonadão, olhava e dizia, nossa que avião pousou no meu aeroporto, e só ia decolando o cartão de crédito, o cheque, a emoção tomando conta da razão, para então o filé mignon, a lagosta, ir enjoando, tudo enjoa, minha grana acabando, e eu enxergando, que, errar é humano, mas homem, acaba errando mais que jiríco, quando vê um rabo de saia danado de bom. Tomem cuidado, mulherão, além de dar trabalho, da gasto e te deixa zeradão. Mais que é bão, é bão! Eita!!! rsrsrs!!! Melhor do que comprar na baixa e vender na alta, e pior do que comprar na alta e vender na baixa. rsrsrs!”

segunda-feira, 31 de maio de 2010

escolhas

Almoço em família, meu pai comenta seus planos para o feriado. Em seguida, pergunta os meus.
- Eu acho que trabalho sexta...
- Mas falte, ué.
- Pois é. Tenho coisas pra fazer além do trabalho.
- E daí vai viajar?
- Não, tem pós sábado.
- Que pessoal sem coração. Pelo menos tem quinta e sexta pra descansar...
- Não, não. Tenho dois trabalhos da pós pra fazer. Vou ter um feriado romântico com Bakhtin.
- Que programão...
- Tua culpa, pai. Se você fosse rico, eu não precisava estudar.

silêncio

- Bom, se eu fosse rico teria te comprado uma vaga na universidade e definitivamente não seria de jornalismo.

Nota mental: guarde suas reclamações pra você.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ação e Reação

A tatuagem não é mais novidade pra você, querido leitor.
Mas era pra família. Italianos e alemães conservadores, sabe como é. Até avisei que ia fazer, mas diante da negativa veemente dos progenitores (é, andei lendo uma enciclopédia) apenas fiz.
Um mês depois a famiglia resolve ir à praia. Não tem como esconder né?
Nos primeiros 10 minutos, virei e mostrei a obra de arte nas costas. Foram uns 7 segundos de silêncio.

Mãe: "ah, mas isso aí é de henna!"
Meu pai passa a mão, olha, analisa... "até que não ficou tão feio, mas podia ser menor né?

2 dias depois, a mãe, ainda analisando:
"pensando bem, ficou melhor que aquela cicatriz que você tinha nas costas. Vou tirar uma foto pra mostrar pro seu irmão".

Nada como 2 dias de sol pra curar os conservadores.

terça-feira, 25 de maio de 2010

A arte de escrever bem

Ta aqui ó, a matéria certinha sobre o livro que dá nome a este post.

Mas a parte que eu gosto é essa aqui:

"(...) as autoras ensinam como testar a legibilidade de um texto. Elas reproduzem uma receita do jornalista Alberto Dines.

São seis passos: 1. Conte as palavras do parágrafo. 2. Conte as frases (cada frase termina por ponto). 3. Divida o número de palavras pelo número de frases. Assim, você terá a média de palavra/frase do texto. 4. Some a média da palavra/frase do texto com o número de polissílabos. 5. Multiplique o resultado por 0,4 (média de letras da palavra na frase de língua portuguesa). 6. O produto da multiplicação é o índice de legibilidade.

Possíveis resultados: 1 a 7: história em quadrinhos. 8 a 10: excepcional. 11 a 15: ótimo. 16 a 19: pequena dificuldade. 20 a 30: muito difícil. 31 a 40: linguagem técnica. Acima de 41: nebulosidade."


E se conseguir fazer essa contarada toda, faça vestibular pra engenharia que dá muito mais dinheiro e você não precisa trabalhar nos feriados.

Marcha da Maconha

Sugestão para infogŕafico (Nanda, faz no paint aí!)

Domingo,23/05, marcha da maconha em Florianópolis. *

O sucesso só não foi maior porque, estatisticamente:
22% dos participantes esqueceram totalmente da marcha
4,3% esqueceram o local
3,9% esqueceram a data
4,6% esqueceram o baseado em casa e voltaram buscar.
3% fumaram muito e tavam atrás de larica e seda.
0,3% foram comprar camisetas do Che e do Bob pra revender.

*notícia puramente fictícia, baseada (opa!) em dado real nenhum. A marcha da maconha, essa existiu de verdade.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Notícias

- E aí, foi boa sua viagem pra Paraíba?
- Não sei. Há menos de 24 horas eu estava na praia, calor de 30 graus, tomando skol de garrafa a 2,50.

domingo, 16 de maio de 2010

romeu e julieta

Gosto de pegar taxi pra conversar com os motoristas.
Eles geralmente são pessoas falantes, engraçadas e prontas para abrir o coração a qualquer passageiro interessado que entrar no veículo.
Senhor Aldenor, seus 45 anos, me contava conformado sua recente história de amor.
-No começo, ela era perfeita, sabe? Depois, degringolou. Quando a gente combinava de ir comer na casa da minha mãe, por exemplo, ela acordava tarde e nós nos atrasávamos. Chegávamos lá, todo mundo já tinha comido, ela reclamava que ninguém tinha nos esperado e tava feita a briga.
-Ah, que feio...
-Agora, quando era pra comer na casa da mãe dela, sete da manhã tinha café na minha cama e ela já toda pronta, toda maquiada.
-É, não estava dando muito certo mesmo...
-Mas daí, sabe o que eu fiz? Comprei um cooler e dois videogames. Enchia o treco de cerveja e colocava do lado do sofá. Só levantava de lá pra ir dormir.
-Tá certo. E daí vocês conseguiram se acertar?
-Não. Daí ela pediu o divórcio.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

se vira, ué

Licitação só existe pra provar o quão mal uma empresa é capaz de fabricar o produto que vende.
Canetas que não escrevem, colas que não colam, grampos que quebram e – pra mim – o pior: café com gosto de meia.

Queria ver como o Magaiver se virava numa empresa pública.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Rotina

RESSACA! RESSACA!!
café café café
soooooooono.
Coca-cola.
trabalha trabalha. Limpa. Disquete no lixo.

Corre, corre, corre. Escreve. Salva. Pen Drive. Corre.
Pen drive não identificado. Troca pen drive. Salva arquivo.
Corre. Corre. Não é possível identificar dispositivo USB.
corre. tira a lata de coca do lixo. Tira o disquete do lixo. corre, corre, corre!
Acha computador com disquete. Insira o disco no drive A. Salva texto.
Corre. Insira o drive no disco A. Copiar. Colar. Ok.

E foi assim que hoje minha vida foi salva por essa tecnologia pré-histórica.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

estatísticas

Devido ao meu nível de mau humor, decidi fazer uma enquete com as pessoas sobre o que poderia resolvê-lo. O resultado foi basicamente esse:



Ps: Paint pra vida S2

terça-feira, 4 de maio de 2010

"..."

"Mila, você tentando abrir vinho me lembra o Macauly Culkin fazendo a barba em Esqueceram de mim".

Pode ficar com o troco, seu animal.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

oi, td blz?

Mandar mensagens para bofes, ficantes, objetos de desejo ou amores antigos pode ser uma coisa bem fácil pra muita gente. Pra mim, é foda. Difícil mesmo. Mesmo. MESMO. Eu acho mais fácil roubar um beijo ou apertar a bunda de um passante do que mandar qualquer tipo de mensagem pra uma pessoa pela qual eu tenho alguma forma de consideração ou ligação afetiva. Afetiva relacionada a relacionamentos, no caso.

Conversando com um colega que passa pela mesma condição, discutíamos mensagens bacanas e sensíveis para mandar aos respectivos rolos:

amigo: vamos mandar então, diz a minha que eu digo a sua.
eu: mas será?
amigo: manda assim, ó: "eu queria ser um baseado: nascer nos seus dedos, morrer nos seus lábios e fazer a sua cabeça"
eu: eu odeio maconha
amigo: e o q eu mando?
eu: hmmm. vc pode mandar uma mensagem genérica.
amigo: ela gosta de comida árabe...
eu: tipo: "tá afim dum kibe cru?"
amigo: vou mandar!
eu: sério?
amigo: não...

eu: nós somos duas negações. NEGAÇÕES!
amigo: negações em que?
eu: em relacionamentos. Lógicos e não lógicos.
amigo: é né. vou casar com uma coroa rica.
eu: eu acho justo. Podemos fazer um casal idoso rico se separar; vc fica com a véia e eu, com o véio.
amigo: fechou!
eu: não precisamos mandar a msg então?
amigo: não. pronto.

a vida é simples.

Comprar

Tem gente que coleciona figurinhas da copa. Ou sapatos, bolsas, maquiagem, instrumentos musicais, viagens pelo mundo... Vícios. O meu é comida.

Troco, tranquilamente, um sapato novo por um rodízio de comida japonesa.
Troco até a soneca depois do almoço pelo trânsito, atravessando a cidade pra comer no meu restaurante preferido.

Uma blusa nova ou um queijo camembert?

E é por isso que eu fico muito mal humorada quando estou com gastrite.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Bom gosto

Fui fazer um mimo para o bofe. Levei a camisa dele até uma loja de senhores distintos pra comprar uma gravata. Cheguei numa estante com umas 300 gravatas. Olhei, comparei, e finalmente separei seis delas, de prateleiras e tecidos diferentes. Foi nessa hora que chegou o vendedor e me parabenizou pelo bom gosto: escolhi as gravatas mais caras da loja - a mais barata era de 120, a mais cara chegava a 180.
Seda italiana, grandes designers, tecidos inovadores.

- Moço, separa pra mim aí 5 vermelhas de no máximo 30 pilas.

Um mimo é um mimo. Ele conhece a pão-dura que tem em casa.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ideia genial

Eu adoro aquele botão do telefone sem fio que faz ele apitar onde quer que esteja (no meu caso, embaixo das almofadas do sofá ou até mesmo dentro da geladeira). A lógica é a mesma de ligar para o seu celular pra descobrir onde o danado se escondeu.

Amo tanto essa ideia que queria estendê-la pra uma série de outras coisas: controles, chaves, carteira, havaiana, canetas bic, casaco... Funciona assim: pegamos um daqueles imãs de alarme de loja de departamento e aclopamos no objeto fujão. Os imãs ficam todos ligados num controle remoto. Aperte 1 para apitar a chave. 2 para apitar a carteira, e assim sucessivamente. Procuro parceiros comerciais.

Desorganizados do mundo, uni-vos!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

casaco sujo

Daí você sai com o cidadão e coloca uma roupa bonita, arruma o cabelo e combina o sapato com outros itens do vestuário. Dia quente, você nem pensa em pegar uma peça quentinha.
À noite, chegando no local combinado, resolve pegar aquele casaco que tá ali no chão do seu carro há mais de um mês, “pra uma emergência climática”.
-Tamo em dois carros. Vamos só com o meu até o cinema - diz o moço.
-Tá.
Obviamente eu esqueci o casaco no banco de trás do carro alheio.

As possibilidades de que o casaco esteja sujo de chão de carro, com algum cheiro estranho ou um botão ausente são enormes.

Minha mãe aproveita o momento para dar um ensinamento:
-Quem manda não prestar atenção no que veste.

Minha amiga olha pelo lado humano:
-Desapega da perfeição, nanda. Todo mundo tem um casaco sujo.

Todo mundo tem um casaco sujo. Cuide do seu.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

4 em 1

- Esparadrapo é uma coisa odiosa. Ou não gruda, ou não solta. E quando solta deixa vergões na pele e cola pra tudo quando é lado.
- Plástico filme é uma coisa odiosa. É difícil achar a ponta pra desenrolar. Quando você precisa ele rasga, quando não precisa não corta de jeito nenhum. Com qualquer movimento ele gruda em si mesmo e nunca mais desgruda.
- Pomada é uma coisa odiosa. Fede, é grudenta, difícil de tirar, chata de apertar.
- Coceira é odiosa, ponto.
Junte as quatro coisas e você terá um curativo de tatuagem. A minha é nas costas! No MEIO das costas. Aquele lugar que você só passa o sabão se alguém lavar as suas costas (ou você for daquelas pessoas sem medo de ser feliz que tem uma bucha de um metro).

A Nanda, veterana, tava me dando dicas:
Dica 1:
"Faça um quadrado do plástico, já cole os esparadrapos, coloque o plástico no meio da mão e vira rápido na tatuagem. Tem que ser meio ninja."
Como a tatuagem é no MEIO das costas, eu não tenho alongamento (ou braço) suficiente.

Dica 2:
"Coloque o quadrado na cama e deite em cima"
Eu, master em coordenação motora, fiquei com medo de colar o plástico na bunda.

Dica 3:
"Se enrole toda, faça um grande sanduíche".
Traduzindo: use uma camisa de força de plástico filme!

Minha solução: sair do trabalho em uma hora pra comprar plástico bolha e fazer um curativo fofinho e divertido.

preserve-se

Náite em plena quarta-fera.

Ozamigos ali na pista, bem tranquilos, até que o cara solta “She”, do Green Day. Pessoal se olha e começa a cantar. Letra decoradinha. Cara de nostalgia.
Não satisfeito, ele toca em seguida Blink 182 e NOFX.
Alegria geral.

A amiga, sensata, comenta.
-Vamos embora daqui, guria. Essas músicas tão denunciando a nossa idade.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Nostalgia

Air guitar 2005.
Eu como Meg White e Rodrigo Lemos de Jack White.
Jurados: Rodrigo Juste Duarte, o Digão; Oliver Seitz; Malu Mazza, André Moreira e Fábio Elias.
Uma pérola.

terça-feira, 13 de abril de 2010

pelo gtalk

sobre um casal de amigos:
Mila: pra tu ver,vão acabar casando
Nanda: eu tenho certeza.
e a gente aqui,na vida loca.
a gente eu, no caso.
Quer dizer,
vida loca tem a lady gaga
eu tenho uma vida normal.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

la mia vita oggi sei tu

Páscoa em Guarapuava para momentos únicos e inusitados.

- E qual foi o ápice do seu feriado?
- Hmmmm...certamente quando um cara cantou Mia Gioconda num karaokê que a gente foi.

Nostalgia mode on

No caixa

Eu, alegre, chegando à balada depois de 40 minutos de fila. Ela, trabalhando, comentava com a outra caixa:
- Ter que atender uma fila dessas ninguém merece.
- Imagine a gente que tá na segunda fila da noite! - tentando ser simpática e solidária
- Pois é, mas o meu PAPAI não paga as minhas contas.
- Puxa, nascer pobre deve ser mesmo uma MERD@.


Ta-da-dush!

terça-feira, 30 de março de 2010

Sarará Crioulo

Infelizmente tenho 0% de sangue negro. A combinação ítalo-germânica me dá ginga e malemolência típicas de um gringo no samba. Mas eu sou uma grande teimosa e resolvi aprender a tocar um instrumento de percussão: o cajon.
Comecei com o vídeo de um peruano com cara de traficante, mas que felizmente é beem paciente e canhoto (essa é a dificuldade 2, fica pra outro post).
Depois de uma semana tentando pegar as rumbas, festejos, salas e afins, quase desistindo da missão, vem um google ads: rock no cajon. Tum pá Tum pá, ritmos quadrados, compassos divisíveis por 2.
Estou salva.
Mas continuo sem ginga.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Marginais

Antes a mazela do não-fumante no bar era a fumaça. Aquele cheiro de bituca que impregna na roupa, no cabelo e até na pele.
A bem-vinda lei antifumo me deixou feliz, cheirosa e menos alérgica. Mas aí a reclamação dos viciados de não ter onde fumar, do preconceito de serem "marginalizados". (por mim, aliás, ótimo. Viciado é marginal.)
Agora na noite da capital paranaense a gente tem uma série de filas, restrições, sistemas - que sempre caem - e babaquices do gênero, só pra facilitar a entrada e saída dos fumantes dos bares. Entre marginalizar o pessoal que gasta UMA GRANA em cigarro e botar todo mundo em 3 filas por noite, perdemos nós, de novo.
Em vez de lutar pela legalização da maconha eu vou é erguer uma bandeira pela criminalização do cigarro.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Sabedoria

Na aula de direito constitucional, falando sobre a separação entre estado e igreja e as regalias da instituição dos padres, o professor solta:

- Em 1970, quando eu trabalhei na construção de uma usina hidrelétrica a gente teve que eleger prioridades. Começamos construindo as casas dos funcionários. Logo depois, uma igreja católica e uma evangélica. E aí, é claro, a zona.

quinta-feira, 25 de março de 2010

diminutivo

Meu senso de limite é duvidoso quando o assunto é tamanho de saia.
Claro que eu não ando por aí mostrando os fundos gratuitamente, mas talvez a palavra “quase” seja usada com certa frequência.

-Fernanda Brun. Sua família não fala nada quando vê você saindo de casa só com esse pedaço de pano? - pergunta a amiga.

Daí eu lembro de inúmeros belos momentos pré-náite, ainda em casa, me aprontando para a baladação:
-Mãaaaaaae. Minha saia tá muito curta?
-Claro que não, filha. Se a calcinha for da cor da saia, tá tudo certo.

Ah, a sabedoria materna.

segunda-feira, 22 de março de 2010

definições

Piti
Substantivo masculino
Ataque histérico. Chilique. Escândalo.

Em video

Em imagem

Em causo:
Relógio marca 19h. Compromisso às 20h. Fome. Fast food.
Lanche que alimentou, mas não satisfez. Gosto de cebola na boca.
Escova de dente na bolsa. Alívio.
Banheiro. Bolsa presa no meio das pernas. Pasta em uma mão. Escova em outra.
Desequilíbrio. Escova vai parar atrás da lixeira. Lixeira pregada na parede.
Fernanda Brun chorando. Literalmente.

Sabe, tudo, TUDO QUE EU QUERIA NA VIDA NAQUELE MOMENTO era escovar os meu dentes. Mas eu fui lá e DERRUBEI a maldita escova no lixo e tive que me CONTENTAR com a porra de um trident com gosto de GELOL.

E não me venha falar “é o que temos” que eu vou mandar você tomar no cu. NO CU!

Ando estranha.
Me evite.

Randômicas

- "Use filtro solar". Mas uma camiseta é sempre mais efetiva. Não há filtro solar confiável que não tenha cheiro de tinta ou de perfume do paraguai.

- Diálogo no café da manhã entre um casal de cerca de 43 anos e um homem de seus 35 que dizia ser segurança:
(segurança) - quando rolam essas brigas de torcida, tem que levar os sacanas prum canto e descer o sarrafo.
(casal) - E a imprensa que também é corrupta?
(segurança) - por mim, levava pra outro canto e enchia de porrada também.

- Se você for dono de um restaurante, lembre-se que vale mais a pena cobrar R$ 2 a mais e ter uma porção bem servida que um preço baixo e apenas 4 camarões no prato.

- Se você for dono de um restaurante (II), prefira contratar senhores de idade que jovens aspirantes a viajantes. Cortesia sempre me faz pagar contente os 10%. Um garçom que guarda meu casaco e me lembra de carimbar o ticket de estacionamento faz a comida ter um gostinho melhor.

sexta-feira, 19 de março de 2010

te dedico

(Este post vai especialmente para minha colega de blog)

Internet, Banco online. IPVA do carro.
Resolvo olhar o extrato e ver o grande desastre que milhões de contas e valas devem ter feito no meu rico dinheirinho:

Espanhol, ok. Pós, ok. Saque, ok. Sandália, ok, Geovanis, 297 reais.
-MEUDEUSDOCÉU, o que é isso?
Coloco a cabeça pra pensar. Pesquiso datas, procuro papéis, olho para os lados pensando o que diabos teria custado 297 e seria tão insignificante a ponto de eu esquecer completamente.

No gtalk, choro pro amigo.
- Tá, tem 297 no meu extrato que eu não tenho noção do que é.
- Como é? 297 reais?
- É. Eu gastei e não sei o que é.
Eu já com a mão no telefone, pensando no que falar pro atendente do banco, desesperada, dizendo que tudo bem que eu não sou muito organizada, mas 297 reais, moço, eu ia lembrar. Ninguém esquece disso assim.

Pula a janelinha do gtalk de novo. O amigo:
- Não foi algum curso que vc começou, não? Ou a academia que vc pagou 3 meses?
Silêncio.
- AEEEEEEEEE. Brigada. Ozamigo lembram mais coisa da minha conta que eu.
- Cabeça de vento! Parece a Milana!

Feministas

- Não vou poder casar com um homem rico.
- Por que?
- Eu fico muito constrangida na hora da conta.
- É simples. Deixe que ele pague. Aceite uma gentileza como se aceita um elogio.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Burrice coletiva

Diz que brasileiro adora carros. Como sou metade alemã e metade italiana não estou muito preocupada não. Meu carro é lavado em média a cada 4 meses - depende do que derramar dentro.

Ontem resolvi lavar porque o carpete estava cheio de cabelos loiros (supostamente meus). Deixei o Juca - tem que ter um apelido carinhoso - no lava car e fui pra casa.

Cozinhei, vi lost, estudei, li, me alonguei, fofoquei. Onze da noite tenho uma epifania: PUTZ! ESQUECI-O-CARRO-NO-LAVACAR!

Hoje pela manhã cheguei lá com aquela cara de "pois é, sabe como é". O cara saiu na maior boa vontade:

- Aproveitei teu carro pra dar umas voltas!
- Opa! tinha combustível suficiente?
- Não muito. Mas como foram 3 pessoas que esqueceram o carro aqui ontem, deu pra dar um rolé.

raaaabububunhó

Todas já tivemos paixonites adolescentes.
Eu, por exemplo, era louca pelo Nick do Backstreet Boys, pelo Daniel Johns do Silverchair e pelo Brad Pitt, depois de assistir mil vezes “Entrevista com o Vampiro”. Tá que o cara da boy band era meio afetado. Na verdade, ele era fofo. Mesmo assim, era um cara normal, que usava calça jeans semi bag e tinha namoradinhas do mundo artístico. Enfim.

Daí eu tava ali, lendo o jornal, quando me aparece um piázinho que é a tal febre das menininhas. Abro a página e vejo um cidadão de 17 anos com o cabelo alisado com chapinha, o olho pintado perfeitamente de preto, a sobrancelha bem tirada e a seguinte citação:
“Olá, pessoal. Sou um cara que sempre está sorrindo e que tenta conquistar os seus objetivos sem precisar pisar em alguém ou derrubá-lo. Beijos, me liga. RAWWWWR.”

O mundo não é mais o mesmo...

sexta-feira, 12 de março de 2010

quem é você na noite?

Qual o cúmulo do esquecimento?
.
.
.
.
.
A moça entra num bar, paquera um cara, dá seu telefone pra ele e, quando o cara liga pra ela, um nome aparece no visor:
-Fulano?
-Ué, como você sabia que era eu?
-Que estranho! Teu número tá marcado com teu nome no meu celular.
-Como assim?
(blablablabla)
-Cara, acho que a gente já se conhece.
-Pois é...

E foi assim que eu dei em cima de um cara com quem eu já tinha ficado.
Fim.

quarta-feira, 10 de março de 2010

amizade

Moro na mesma casa desde que nasci. Tirando uns dois anos por ali, um ano acolá, tô sempre aqui. Sempre estive.
Os vizinhos, no entanto, mudam.

Há uns dois anos a casa ao lado tornou-se uma empresa de higienização ou algo que o valha. Resumindo: uns 20 funcionários entram e saem diariamente da casa. Por aproximadamente um mês tentei fazer contato amigável. Um oi de manhã cedo, um tchauzinho na hora do almoço, um movimento no final do expediente. Nada. Nunca tive resposta. Nem da loira que vive de salto, nem do gordinho risonho. Nem do japonês magrinho. Muito menos da ruiva de óculos.
Mas a vida é cheia de reviravoltas.

Sexta-feira. 8h. Ressaca física e moral. Banho, maquiagem borrada. Turbante com a toalha no cabelo. Meu irmão grita.
-Guria, tô saindo e teu carro tá atrás do meu. Tira lá.
Tá.
Enfio o pijama de novo, do avesso, coloco a pantufa e vou me arrastando até o carro. Tiro ele da garagem e encosto do outro lado da rua enquanto o irmão procura o som. Coço o olho, encosto a cabeça no volante e escuto risadas. Olho para o lado e vejo 4 funcionários da tal empresa rindo e me apontando.

Desde então, recebo sorriso, bom dia e tchauzinhos dos meus novos amigos. Por pena, consideração ou amizade? Não sei.
Só sei que nada na vida é em vão.

Fogão

Texto da nossa amiga e colaboradora Renata Polatti:

Tem coisas que acho que só podem estar na genética. Quando eu era pequena, dizia que eu tinha uma vó que cozinhava e outra que costurava. A que costurava era a mãe da minha mãe, que por sinal também não cozinha. Sempre que a gente passava a temporada na praia, ela levava comida congelada.

Como não poderia deixar de ser, claro que eu também não sou fã da culinária. Tanto que estou há quase um ano sem fogão, sem me importar muito com isso. Afinal, tenho um microondas, uma sanduicheira, uma máquina de waffles e uma grelha elétrica, que por sinal nunca foi usada. Para falar a verdade, eu até tenho um fogão. Ele está na caixa, dentro da lavanderia, ocupando o lugar que seria da máquina de lavar, que é outra história. O problema é que quando eu o comprei, ele veio amassado e a loja não quis trocar. Agora estou brigando na justiça para conseguir o dinheiro de volta. Já tive uma audiência, mas os caras não apareceram.

Depois eu ganhei outro fogão usado, que era da minha prima. Agora esse outro fogão está na churrasqueira da casa da minha mãe. Ele estava bem sujo quando eu peguei, mas depois de uma bela limpeza, ficou utilizável. Faltava só chamar o técnico para arrumar. Só que aí, a minha vó, a que cozinha, teve uma brilhante ideia: vender esse fogão e me dar um que seja mais compatível com o meu estilo de vida. Esse aqui:

Um fogão para camping de duas bocas. Veja aqui

quarta-feira, 3 de março de 2010

comoção

Catástrofe no Chile.
Morte, desabamentos. Gente que perdeu a casa e a família.

O jornalismo está lá, cobrindo todos os momentos. Filma a criança sendo resgatada, a mãe que chora o desaparecimento do filho, a cidade em ruínas, uma planta nascendo no meio dos destroços.

Entre os entrevistados, o comunicólogo resolve buscar o depoimento de brasileiros que estão por lá e passaram por momentos de desespero.
No vídeo, um senhor de meia idade com uma camisa pólo amarela fala com uma expressão amena.
-Foi horrível. Estávamos no hotel e não sabíamos o que fazer. Aquela bagunça, sabe? Garrafas de champanhe quebradas pelo chão, uma coisa de louco.

terça-feira, 2 de março de 2010

Das dietas

Festa na firma. Docinhos, bolos, salgadinhos, uma porção de gente em volta da mesa - integração entre os departamentos, sabe como é. Gente fina que sou, desci e fiz um prato com os quitutes para os colegas - na proporção dois pra boca, um pro prato.

No segundo prato a moça do financeiro, que falava animadamente sobre dieta com uma estranha, puxa conversa:
- E você hein? Como faz pra comer tanto e ser tão magrinha?
Olhei bem pra ela. Vi o veneno escorrendo no canto da boca, os olhos vermelhos de ódio... Terminei de mastigar o meu brigadeiro e fui afável:
- Sou bulímica.

segunda-feira, 1 de março de 2010

novos amigos

Nunca gostei de academia. Magra que sou, sempre me falaram: “você tem que fazer musculação”. Quem já fez sabe o quanto ficar puxando ferro é um grande pé no saco.
A idade chegando, a celulite aparecendo e a gente começa a se preocupar. Tanto a ponto de pagar o trimestre da academia pra não faltar. Com dinheiro, afinal, não se brinca.

Hoje, lá estava eu. Olhei pra grade de atividade, ignorei a musculação e li: body combat.
Basicamente você fica pulando, chutando, socando e gritando. Pra quem fica o dia todo na frente do computador falando baixo parecia perfeito.

Antes, fui falar com o professor. Ao lado dele, três outras novas alunas.
-Porque aqui é correria, meninas. Quero ver vocês suando, suando muito. Coração indo lá pra 160. Aqui dá pra perder de 600 até 1000 calorias por aula.
E elas ali, felizes com tanto número.
Eu do lado arregalava o olho.
-E é assim. Perder peso. Muito peso. Ficar bem magra, bem gostosa.
Sorrisos, ele resolve olhar pra mim.
-E você, querida? Começando hoje?
-Pois é, moço. Mas meu problema é outro.
-Então me conte.
-Eu odeio musculação, sabe?
-Ah, eu também.
-Pois é. O grande problema é que eu já sou meio magra demais pra emagrecer mais ainda.
Nisso, as três meninas fecham a cara e vão olhando pra mim com cara de desprezo.
Fim da aula, hora do alongamento.
-Quero ver duplas, se arrumem em duplas.
Ao meu lado, as três meninas. Duas fazem um par e a outra olha pra mim. Eu faço aquela cara de “oi”. Ela me ignora, vira pra parede e começa a se alongar sozinha.

Eu, Fernanda Brun, tenho um novo objetivo, muito maior do que não emagrecer: me alongar TODA aula com essa menina.
Mando notícias.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Profssionalismo

É uma coisa meio assim:



Se fosse eu, levantava e saía feito um tsunami.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sula Miranda feelings

Não sei se é estatístico, se é perfil, se é afinidade ou pura coincidência. Fato é que no meu grupo de 10 amigAs mais próximas, todas somos ótimas motoristas. Pra sol, chuva, barro, BR e - é claro - baliza (sem medo e sem direção hidráulica).

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

jogada na lã

Contando para a também autora deste blog que me matriculo na academia semana que vem, expliquei:
-Vou começar a projeto inverno.
-Como assim?
-Ficar gostosa no verão é muito clichê.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

no rehab

É natural das pessoas a busca por dependências.
São pequenas muletas que funcionam em vários momentos da nossa vida.
O cigarro e a cantada
-oi, você tem fogo?
O café e a pausa no trabalho
-ai, gente, um minuto. Preciso de um café.
O álcool e a desilusão
-ele não me liga há 10 dias. Vamos comigo encher a cara?
O shopping e o estresse
-tô trabalhando igual a um camelo. Tenho que comprar um sapato novo.

sozinhos eles explicam grandes mistérios, te acalmam e funcionam como argumentos para discussões ou problemas que pareciam insolúveis.

Além dos citados acima, tem aquele vício que serve pra diversos momentos: o seriado.
Esteja você assistindo ao mais recente capítulo ou vendo no seu monitor aquele arquivo com uma temporada inteira, a necessidade é a mesma.
Desculpa, não posso sair hoje. Tenho que ver Lost.
Vou chegar atrasada na festa da sua priminha. Tenho que ver Lost.
Não vou discutir com você agora. Preciso ver Lost.
Depois eu lavo a louça. Acabei de baixar Lost.

-Seu blog conjunto tá meio parado, né, Nanda?
-Tá. Mas depois eu posto. Tô indo ver Lost.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Alerta

Lipoaspiração tem data de validade.

Pense comigo: a pessoa vaidosa investe um valor de 4 dígitos (quiçá 5) pra ficar com o corpitcho em dia. Em seis meses com a dieta original, os quilinhos voltam exatamente pra onde estavam antes. Se você fizer a lipo e sair de férias, quando voltar vai estar exatamente como estava antes, menos o dinheiro gasto.

Eu investiria em cirurgias menos perecíveis, como silicone ou plástica no nariz. Ou, melhor ainda, num curso de photoshop.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

1+1=5

1 dose e _____(complemento de acordo com sua preferência): é o que, conscientemente, você começa pedindo assim que chega no bar;
1 dose. Pura: depois de uma, geralmente vem outra e o complemento já parece não fazer sentido;
1 água: é o que você deveria ter pedido antes do que vem em seguida...
1 vodka: tá aqui o momento em que você já perdeu a noção de dose e só pensa no conteúdo do copo;
1 garrafa: fodeu. Você juntou os amigos bebuns, perceberam que estavam gastando muito em doses pequenas e foram direto ao que interessa;
¼ da garrafa: não se fala mais em dose, mas na porcentagem da garrafa que você ingeriu;
0 copos de água: chegou em casa e só pensou na sua cama, lugar agradável no qual você para de esbarrar nas coisas e não precisa ficar se equilibrando. Obviamente, não houve tempo nem cabeça para você lembrar de tomar milhões de copos de água para acordar melhorzinho;
128 copos de água, 5 aspirinas, 4 engovs, ½ fatia de pizza: com sorte, cardápio do day after.

Não vou nem comentar o saldo negativo na sua conta bancária.
A vida já é difícil demais para se pensar nesses problemas, né?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Boa ação

Não conheço ninguém que não goste de pequenas surpresas, por isso dessa vez o alvo era um desconhecido qualquer.

Paramos no pedágio e esperamos um carro parar atrás. Um casal, um carro dos anos 90, pareciam pessoas dignas de uma boa ação. Olhei pra moça do pedágio:

- O carro que está ali atrás é de uns amigos meus. Não tenho troco, então já vou deixar o pedágio pago pra eles.
- Aquele carro ali?
- Uhum.
- Ok. Te dou o ticket e você entrega pra eles, tá?
- Uhum.

Saio devagar. Os 4 passageiros do meu carro olhando, aflitos, esperando a reação, um sorriso que fosse. A moça do pedágio deixa a cancela aberta e dá o tradicional "jóia" pro amigo. O motorista fica com cara de interrogação. Dois metros pra frente, a 20km/h, vemos a cara da mulher. Cara de homicida, psicopata, de... mulher com ciúme.

Acho que acabei com um casamento com R$ 1,10 e uma ótima intenção.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

desaforo

19h. Mercado abarrotado, caixa rápido entupido. Atrás do último daquela fila enorme vejo um carrinho meio ali, meio encostado na prateleira.
Cutuco o último moço da fila e pergunto:
-Esse carrinho é seu?
-Não
-Mas tem alguém atrás de você?
-Agora tem. Hehehehe
Tá.
Uns 20 minutos depois, já lá na frente, escuto uma voz longe:
-Quem tirou o meu carrinho do lugar?
Olho para trás e vejo um senhor não tão idoso assim.
-Eu estava na fila já, atrás daquele moço.
O moço é o que está na minha frente, claro.
-Acho incrível como as pessoas não respeitam ninguém. Não olham nem pra frente pra ver que tem um carrinho, que alguém pode estar ali.
Ah, tá! O cara chega no mercado, enfia o carrinho dele na fila, sai fazendo as compras e volta vinte, VINTE minutos depois achando que a fila continua no lugar ou que alguém adivinhou o que ele ia fazer e empurrou o carrinho dele.
-Ninguém se preocupa com ninguém, sabe? É essa selva louca.
Respiro, olho pro cidadão e educadamente solto:
-O carrinho do senhor estava na fila?
-Estava.
-Então pode vir na minha frente.
-Não estou indo na sua frente, mocinha mal educada. Eu ESTAVA na sua frente, queridinha. Não mude as coisas.
Mocinha mal educada? Queridinha? Ahhhh...
-Desculpe, senhor. É que eu não costumo ver carrinhos indo às compras sozinhos.
-Tá, meu bem. Eu vou lá pro final da fila mesmo. Ninguém respeita mais os mais velhos.
-Na verdade, o mercado respeita bastante. Logo ali tem um caixa ESPECIAL para idosos e gestantes, sem fila alguma. O senhor nem precisa ficar aqui meia hora, como todos nós.
Silêncio.
A senhorinha atrás de mim, para quem eu já tinha oferecido o meu lugar na fila, ri:
-Nem todo velho merece o nosso respeito.

A vida é essa grande escola, não é mesmo?

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Criador e criatura

Sir Walt Disney era um grande fã de música clássica e tinha um plano: usar as grandes sinfonias como trilha dos desenhos para formar uma geração que apreciadores da fina arte. Três gerações depois, temos milhões de pessoas que ouvem uma orquestra e pensam no Mickey.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Lei de Gerson

Odeio Mc Donalds. Acho que a carne, o pão e a caixa de papelão onde vem o "sanduíche" tem todos os mesmo gosto. Mas gosto da batata e do sorvete - e adoro litros de coca-cola com gelo.
Certa feita (é, andei lendo) me atrasei na troca de turnos/trabalhos e só tinha os yankees como opção. Pensei na coca, na carreira (ha!), no futuro e me rendi.
- Um combo quarteirão com queijo.
- Coca grande ou pequena?
- Pequena. (o combo não é cocamédiabatatamédiasanduíchecaixabandejadivertida?)
- Batata?
- Pequena.
- 12.75
Olho no painel: R$ 13.35. Sou ruim de conta, fico feliz em ter economizado um real (só agora vejo que foi pouco mais de 0,50). A moça vem me servir e põe o combo tradicional: médias coca e batata e a caixinha comestível.

Como grande seguidora da Lei de Gerson que sou, não falo nada e saio o mais rápido possível com toda a minha economia desse almoço gourmet, até sentar na mesa e descobrir que o queijo do quarteirão é algo entre meia e uma colher rasa de chá de queijo derretido. E que a "deliciosa cebola em molho shoyu" são duas tiras de cebola do tamanho de uma unha de dedo mindinho da mão. E que a batata tá fria e murcha! Nem a batata!

Por ter sido espertona fico com vergonha de pedir uma batata quentinha, como aquelas do cartaz, como o preço do cartaz.

Sempre bom lembrar porque odeio o Mc donalds.
Beijo, Gerson e Murphy.

fã, mas nem tanto

14 anos. Eu, pequena e magricela, vestida toda de preto com direito a cuturno, meia arrastão rasgada e camisetas de banda. Uma delas, do Metallica.
Ainda gosto deles. Mesmo. Apesar de o St Anger ser um cd horrível, o último me deixou feliz e me incentivou a gastar dinheiro, tempo e paciência para ir à São Paulo vê-los.
-Mas você vai querer ficar lá na frente? Junto da grade? - me perguntou um amigo
-Não, não. Não faço questão.
-Mas você não quer pegar a palheta ou a baqueta?
Ri, voltei no tempo e lembrei de um dia, aos 14 anos, quando minha mãe me deixou ir sozinha com uma amiguinha a um show de metal.

O nome da banda era Therion e eles tocavam um metal meio gótico. Uaréva.
Eu e minha outra amiguinha gótica de 14 anos nos arrumamos toda, compramos o ingresso e chegamos super cedo. Nem precisava: o show não estava tão cheio e a gente não bebia cerveja o suficiente para precisar pensar na logística de ir ao banheiro diversas vezes no meio do show. O fato é queficamos ali na grade, felizes, gritando e cantando músicas que não passam de fonemas aleatórios. Quase no final, o vocalista olhou pra gente e deu uma piscadinha. Sorrimos, achamos o máximo, sorrimos de novo e lá voltou ele, cantar pertinho da gente, sorrindo. Suado com aquela cabeleira toda e aquela roupa de couro preta, ele pega uma toalha, faz pose de sexy, seca o rosto e o peito e entrega a toalha pra mim, piscando. Eu fico ali parada, olhando aquela toalha estendida, morrendo de nojo e pensando "o que diabos ele quer que eu faça com isso?" Pego com a ponta dos dedos e dou um sorriso amarelo rápido o suficiente para ele não perceber e sair todo satisfeito. Olho pra minha amiga com cara de nada, solto a toalha discretamente no chão e digo:
-Vamos ali mais pra trás, né?
Depois disso, traumatizei. No meio da massa a vida é mais segura.

James Hetfield, eu te amo, mas não me importo em ficar bem longe do seu suor.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

cavalheirismo

O moço tá investindo há um mês. Te liga, te manda mensagens. Scrap no orkut. Conversa no gtalk, no msn. Dá em cima de você quando era comprometida. Espera o seu namoro terminar e quase diz que o término o deixou feliz. Só tem olhos pra você quando estão no mesmo bar. Te convida pra jantar, diz que vai cozinhar pra você.
Finalmente, você cede a tanto galanteio e decide aceitar o próximo convite que ele fizer.
Daí, claro, algo acontece:

amiga: CA-RA. Você não vai acreditar.
eu: o que, guria?
amiga: lembra do cara que eu te contei?
eu: sim.
amiga: ele me chamou pra ir no cinema e eu decidi finalmente aceitar. Mas daí eu falei que tô muito sem dinheiro. Sabe o que ele me respondeu?
eu: o que, menina?
amiga: “Bom, posso pagar um cinema pra você. Aí depois você me paga de volta. Hehehe”.
eu: avemaria!
amiga: pior, menina. Ainda teve a coragem de pedir pra eu buscar ele na casa dele, sendo que ele tem carro.

O mundo está perdido mesmo.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

diga-me com quem andas

eu: hmmmmmm. pegou que eu seeeeeeeeei
amiga:puta merda, cidade pequena é foda
eu vou até a PQP pegar alguém e a notícia chega no centro em menos de 3h
eu: isso que dá andar com comunicólogas

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Cliente fiel

Botequeiro - pessoa que gosta de boteco, cidadão que prefere sentar e beber do que ficar horas numa fila pra tomar uma long neck quente que custa 5 reais e vem com um guardanapinho enrolado.

Amigo - pessoa que vai ao boteco com você.

Boteco - lugar com mesas, cadeiras, boa música e cerveja gelada.

Dois - a quantidade de chopps ideal para períodos de vacas magras.

Três - a quantidade de chopps que serve de aviso que a vaca está indo pro brejo e você vai ter que quebrar o cofrinho.

35 reais - uma conta alta

50 reais - conta MUITO alta

150 reais - a soma de 3 contas MUITO altas, ou, quantia de orçamento doméstico destinada ao supermercado para fins alimentícios e de higiene e limpeza.

Extrato - documento bancário que prova que por causa de 3 contas MUITO altas fiz um rombo no orçamento doméstico e ficarei sem gêneros alimentares de primeira necessidade.

é o que não temos

Balada divertida. Eu, animada, dançando. Na minha frente, um barbudinho simpático sorria. Eu sorri também. Ele veio falar comigo.
-Oi, tudo bem?
-Tudo e você?
-Também. Como é seu nome?

(blablablablabla)

-E o que você faz?
-Sou jornalista.
-Trabalha na área?
-Ahãm. E você, faz o que?
-Tô no último ano da faculdade de publicidade. Mas isso faz tempo já.
-Ah, é? Mas quantos anos você tem?
-24. Mas é que eu tô levando meio nas coxas, sabe?
-Sei. E você trabalha?
-Não, não. Faz dois anos que tô na vagabundagem. He-he-he. Mas tô cheio de planos, sabe? Tô pensando em abrir uma loja de surf, sei lá.
-Legal, legal. Então, moço, preciso ir ali no banheiro, viu? Até mais.

Lembrando aí dos dois pré-requisitos BÁSICOS para um passante virar um bofe: 1 – ser heterosexual; 2 – ter renda (renda não quer dizer mesada).

Deixo aqui meus mais sinceros votos de sucesso e realização pessoal para o rapaz.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

hoje é sextafêraaaaa

e eu acabo de trocar o: “Cara! Coloca uma saia beeeem curta, vamos encher a cara, dançar até o chão e paquerar horrooooooores” da amiga pelo: “Que tal se a gente alugasse um filminho e fizesse chocolate quente com chantilly” da mãe.

A idade chega para todos.
(ainda estou em processo de aceitação da minha nova primavera. Vamorespeitá)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O que é o que é

Mais nojento que a diarreia da Hebe na capa do G1, mais português que a reforma ortográfica, o que é, o que é?

R.:
Lixeiro de banheiro de pedal. Ele geralmente está exatamente ao lado da privada. Então, se você não for o curupira, ou levanta pra jogar o papel ou usa a mão pra levantar a tampa.

Deus, se você existe, na próxima vida eu quero fazer xixi em pé.

Biodesagradáveis

Sou uma pessoa tão influenciável que fico com peso na consciência sempre que preciso imprimir uma folha de papel sulfite. Faço minha parte, separo o lixo, bla bla bla, - só não me venha dizer pra parar de comer carne pelo planeta.

Também já fui planfleteira. Tinha milhares de folhas de papel de propaganda pra distribuir. Sei como é complicado e por isso sempre (que estou de bom humor) eu ajudo os amigos. Mas hoje entrei em conflito: porque eu não posso imprimir enquanto os malas das construtoras ficam distribuindo papéis grossos e lindamente impressos nos sinais? Aliás, quem compra um apê de 500 mil por ter recebido um panfleto?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

parabéns ainda serve

bons tempos aqueles nos quais quando eu dizia a idade que ia fazer, as pessoas respondiam com "ai, que novinha", "nossa, tá na flor da idade" ou o agradabilíssimo "mas nem parece, menina"

meu aniversário é amanhã, ainda estou há alguns anos dos 30 e já tive que ouvir grandes pérolas como: "Sério? Já tá na hora de casar, hein?" e "Tem que ter filhos logo então".

saudade do tempo que não volta mais.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Reunião

Se tem uma forma fácil de transformar a eficiência de uma empresa privada em eficiência de empresa pública, é a reunião.
Porque:
- 97,3% das reuniões poderiam ser resolvidas com um email ou dois telefonemas.
- 84,3% poderiam esperar até amanhã, quando todos estarão no trabalho
- 92% das reuniões terminam em coisas pra decidir na próxima reunião

As poucas reuniões que TALVEZ façam algum sentido são as que tem uma pauta e um mediador. A pauta evita que as pessoas discutam coisas sem sentido e o mediador impede que discutam pra sempre - já reparou como as pessoas têm dificuldade pra mudar de ideia?
O mediador tem que ser uma pessoa ansiosa, pra abreviar as discussões e por tudo em votação. No final, se você perdeu, acostume-se. A democracia é assim mesmo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

elogios

Alguém ainda há de inventar um livro direcionado para o universo masculino sobre como fazer constatações de forma delicada. Ou de como se calar quando a frase que irá proferir não tem função nenhuma além de ofender as donzelas do mundo, principalmente quando o assunto é roupa.
Seguindo a linha “post lista”, deixo aqui para os nossos queridos leitores algumas dicas preciosas e gratuitas.
1) Assuma que você não entende nada de moda ou vá pesquisar sobre. Sim, a cintura da saia é alta mesmo; sim, a blusa é rosa pink mesmo; não, não é bege, é nude. Deixe o “na minha opinião” para comentários sobre futebol ou cerveja;
2) Meça a quantidade de vezes que você pergunta “essa roupa é nova?”. Mulher é consumista mesmo e nem sempre temos orgulho disso. Dizer isso de uma a quatro vezes significa que você presta atenção; de cinco pra cima, parece monitoramento.
3) Nunca diga que a sua irmã, amiga ou mãe (ave!) tem uma blusa i-gual-zi-nha a que estamos usando. Por mais que a gente tenha comprado na Renner, acreditamos na individualidade, sabe?
4) Sim, a roupa é curta mesmo. Acredite, nós fizemos alguns testes do tipo “o quanto posso me abaixar” ou “como devo sentar” para evitar que mostremos gratuitamente a calcinha. Só comente o tamanho da saia se for para elogios do tipo “nossa!” ou semelhantes.

Caso não queira seguir nenhuma dessas dicas, se resuma a dizer “essa roupa vai ficar ótima no chão do meu quarto”. Ficadica.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Reforma ortográfica

A língua portuguesa é, digamos, muito portuguesa. Centenas de excessões, acentos inúteis, letras variadas com o mesmo som. É uma grande pegadinha. Outro dia discutíamos no congestionamento como seria a língua ideal. Estou pensando em usar ela aqui no blog.

Regra 1: todos os acentos sao abolidos, menos o do é (ate encontrarmos uma palavra melhor pra ele). Se as pessoas sabem que linguiça não precisa de trema, sabem também que voce não precisa de acento. Ou melhor, nao tambem nao precisa de acento.

Regra 2: adeus ao hífen. Ou escreve junto, ou escreve separado.

Regra 3: os sons de s, ss, ç, sc, serão a partir de hoje grafados com s. por exemplo: vosa eselencia. (eu sei que é feio, mas pense na pratisidade). Z tem som de Z, cedilha nao eziste e asim susesivamente...

Regra 4: tchau pro H antes das letras. o H so eziste quando junto com o lh e nh.

Regra 5: C tem som de ka. Caza, por ezemplo, é o lugar onde moramos.

Regra 6: Q tem som de Q. Qu só quando o U tiver som. No ezemplo, Qenia é um pais da africa. Mesma regra para o G. Gageira é quan quan quand quanddddo a pesoa tem dificuldade pra falar. Os sons de J ficam pro J, ora esa.

Por enquanto é so. Aceitamos sujestões para uma vida mais simples!

PS: eu sei que voce esta ai. deixe um comentario, vai. (:

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

votos sinceros

O dia da virada geralmente é uma data especial.
Não, não tô mais falando das vergonhas relacionadas aos fluidos corporais. Me refiro a todas as mensagens de carinho, amor e paz que a gente recebe.

Assim que a rede de celulares desafoga, pessoas de todo o mundo enviam aos seus amigos mais queridos desejos de que estes seres amados tenham um ano cheio de coisas boas. Eu, particularmente, gosto muito de ficar com o celular por perto e receber o amor de alguns amigos que tinham créditos e paciência o suficiente para me mandar um upinha virtual.

Temos os amigos doces, que nos desejam amor e paixão. Os mais calculistas, torcem pela conquista de riquezas materiais. Há ainda os hippies, que desejam paz, força e luz. Ao mesmo tempo, temos os amigos firmeza, que jogam a verdade nua e crua na nossa cara e desejam os mais sinceros votos para o ano vindouro:

“Nandoca do meu coração. Feliz Ano Novo. Que 2010 seja um ano de loucuras e porralouquice, que tu anda muito bunda mole”.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Manual para assessores de imprensa

1- Escreva um bom release. No máximo 2 parágrafos (curtos), sem anexos, sem fazer comercial da empresa. Use sua empresa apenas como fonte.

2- Segmente o mailing. Só me mande um release se for me interessar. Se não tiver notícia, vá fazer jornal mural.

3- Não me ligue. Se o email que você mandou não voltou é porque recebi. Se eu não liguei de volta é porque não me interessa.

4- Não viaje. Quero saber quem fez o que, quando, como onde e por que. As metas para 2011 e as missões da empresa podem ficar no manual dos funcionários.

5- No caso de bandas e artistas troque "empresa" pela palavra que mais lhe aprouver. A regra é clara.

Emergência

Viajar no feriado requer preparação. Depois de 15 dias trabalhando entre 12 e 16 horas por dia, finalmente teria 3 dias inteiros para fazer o que eu quisesse (dentro da moral e dos bons costumes, obviamente). Entre os meus preparativos estavam gelo e quantas latinhas eu conseguisse colocar na caixa térmica pra levar dentro do carro, pra enfrentar o congestionamento.

A fila começava na saída de Curitiba, o que fez com que lá pelo início da descida da Serra eu já precisasse urgentemente ir ao banheiro (quando vão inventar a cerveja não diurética?). A negociação com a motorista custou uns 25 km e alguns kinder bueno, mas então ela parou numa entradinha que não tinha muitas opções de moita. Chovia, a bexiga latejava, a praia estava longe... Avistei um arbusto que não me esconderia, mas pelo menos poderia servir de apoio. Pisei, afundei metade do tornozelo no barro, afundei a metade do outro tornozelo no barro e resolvi o problema, enquanto os motoristas que passavam pela BR-116 buzinavam ao ver coisas que só mostramos no carnaval.

Se Deus fosse mulher aposto que não teríamos que sentar no banheiro.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

feliz 2010

Ano novo, 15 amigos, Guarda do Embaú.

Quem já foi sabe que entre a cidade e a praia há um rio que precisa ser atravessado nadando (quem não foi, fica sabendo agora). Há também a opção da travessia por meio de barquinhos por singelos 5 pilas. Na verdade, esse fato só está aqui escrito para ficar claro o quão longe eu estava da civilização e das condições básicas de sobrevivência. Condições básicas de sobrevivência leia-se banheiro.

E lá estava eu na praia. Depois de muito beber e rir, a bexiga enche e o xixi tem que sair. Olho pros lados e percebo que a lua cheia virou um puta holofote, impossibilitando a existência de qualquer cantinho escondido. Olho pra minha amiga mais tranquila e questiono:
-Manu, preciso fazer xixi, e agora?
-Vamos ali atrás das barraquinhas. Eu vou com você e fico cuidando.
As barraquinhas estavam fechadas e vazias, o que me fazia pensar que obviamente não incomodaria ninguém.

Depois de meia hora conversando com a minha bexiga sobre a vergonha de fazer xixi sem estruturas básicas, começo a me libertar do primeiro e mais longo xixi de 2010. Minutos depois, a amiga começa:
- Nanda, tem um cara chegando aqui perto.

O cidadão não se envergonha e continua se aproximando:
-Ô, moça. Não pode fazer xixi nas barraquinhas.
Daí eu começo a andar igual a um carangueijo pro lado me recompondo e rindo descontroladamente (preciso contar que estava bêbada?).
-Mas minha amiga ta apertada, tadinha. A gente já tá indo embora.
E saímos rindo enquanto ele resmunga alguma coisa.

Sem banheiro por perto, resta a vergonha.
Mas afinal, é o que temos, né? Ouvi dizer que mais gente teve seu xixi exposto durante o mini feriado...