segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

manual de sobrevivência

Você amigo que também deixou as compras pros últimos dias, aprenda aqui dicas de como ser menos importunado naquele antro do capitalismo chamado shopping center:

1) Faça uma lista;
2) Saiba as lojas que você provavelmente encontrará o que procura e descubra o mais rápido possível onde elas se localizam na planta do shopping escolhido;
3) FOCO! Não vá achar que você bem que poderia comprar um lenço. Não está na lista, nem olhe;
4) Leve um tocador de mp3, muitas músicas e muita bateria. Ligue o fone no talo a ponto de você não ouvir mais nada além da sua própria música. Teste com o alarme do carro;
5) Vá mal arrumado. Meio sujo, descabelado. Roupas feias. De preferência, sem nada combinar com nada. Assim você vai parecer um pé rapado e nenhuma vendedora vai te importunar a não ser que você a chame;
6) Some a este estado deplorável uma cara fechada. Você não está lá para fazer amigos e ninguém vai puxar conversa na fila pra pagar. Algumas pessoas também evitarão esbarrar em você ou até sairão do seu caminho;
7) Coma em casa e fique com um chiclets. Você não tem tempo pra fila do Bobs;
8) Não convide ninguém pra ir com você a não ser que seja uma boa alma disposta a ficar na fila de pagar enquanto você prova o que tem que provar. Caso isso aconteça, arrume um tocador de mp3 pra ela também ou finja que está sem voz. Você não tem tempo para conversar.
9) Pegue o calendário do próximo ano e marque o dia das compras para duas semanas antes do natal.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Pensamento masculino

"Acho terríveis essas mulheres malhadas demais. Eu só fico com mulheres que perdem pra mim na queda de braço".

ambiente de trabalho

Oi meninas tudo bem como vocês então adorei o seu óculos eu tinha um igual na verdade eu tinha 27 armações quando eu era novinha mas minha irmã era viciada em crack e vendeu tudo ela ainda é viciada em crack mas eu não a vejo mais há muito tempo ela vendeu também todos os meu lps eu tinha até o primeiro dos rolling stones tô trabalhando demais tive que trabalhar até no meu aniversário trabalhei das 9 da manhã até a meia-noite mas daí eu fiz meu marido me levar no motel né porque eu precisava descansar mas então é isso tenho reunião beijos lindas tchau.

adoro meus colegas de trabalho

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

contagem regressiva

Sinais de que você anda de mal humor:

dia x, café da manhã com meu pai:
Pai: Boooooom diaaaaaaaaaaaa.
Eu: Ahãm. Me passa ali a manteiga por favor?
Pai: Me fale “Bom dia” pelo menos.
Eu: Tá, bom dia.
Pai: Tua TPM não foi semana passada, filhinha?

dia x, com a amiga no bar:
Eu: Pois é. Daí tô com esse problema, mas minha médica disse que pode ser estresse.
Amiga: Não faz sentido. Você vive constantemente estressada. Então o que? Você está mais estressada ainda? Pelamordedeus!

dia x+1, com o irmão:
Irmão: Ô, guria. Minha amiga te encontrou no bar esse final de semana.
Eu: Ah, pois é.
Irmão: Ela disse que você foi meio antipática.
Eu: Ah, nem conheço a menina. Ela que é simpática demais.

dia x+1, fazendo hora extra, no gtalk com o amigo:
Eu: Dia cu! QUE DIA CU!
Amigo: Quando foi o seu último dia não cu?
Eu: Acho que preciso parar de reclamar.

Acaba logo, 2009!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Castigo

Terça, 10h37 da manhã toca o despertador.
Levanto sem banho, coloco a roupa de ontem, vou dormindo até o laboratório pra fazer um hemograma. Chego lá 10h59, na hora exata pra pegar a última senha do atendimento que vai até as 11h.
Entro na sala, estico o braço, "não tenho medo de agulha", a moça quaaase me fura e para de repente.

- "Ai meu Deus! Esse exame tem que ser feito em jejum!"
- Eu sei.
- "Então você vai ter que voltar amanhã".
- Mas eu estou em jejum.
- As 11 da manhã?

E aí num ímpeto sanguinário espeta a agulha de supetão na minha veia e tira uma seringa INTEIRA do sangue que eu comi muito couve e brócolis pra produzir.
Invejosa, hmpf. Encheu o tubinho e jogou metade da seringa fora.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

organização óbvia

Tem gente que é distraída, desastrada e disléxica.
Tem gente que é tapada mesmo.

Posto de gasolina, tanque na reserva. Eu, pra variar, atrasada.
-Coloca 20 de álcool, por favor.
Aproveito o momento livre pra limpar a carteira, entupida de papéis com anotações, nota fiscal do mercado e telefones que sabe deus de quem são.
Como vocês sabem, a mão quase sempre tem 5 dedos. Isso nos dá 4 espaços para segurar coisas. No caso, papéis.
Daí eu fiz assim: num espacinho os telefones importantes, no outro os lixos e no outro os vinte reais. Os telefones importantes eu guardo na carteira, os lixos eu rasgo e jogo fora e os vinte re...
-Pronto, moça.
-Brigada, tó.
Olho pro frentista rindo e segurando 3 notas fiscais do mercado.
Olho pra minha mão e vejo vinte reais rasgados em 4 pedaços.
Um pra cada espacinho, né?

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Cada macaco...

Que mania esquisita essa de misturar as coisas.

Via SMS:
"beijo bem gostoso na tua boca e fique com Deus".
"boa noite, gata! Que deus te abençoe"
"Tua graça me basta, Senhor" - no nick.

Me chamem do que quiserem, mas na minha época Deus só chegava num relacionamento na hora do "o que Deus uniu o homem não pode separar".

é o que temos

E-mail corporativo:
“Olá
Precisamos que você nos envie até hoje uma foto em alta resolução.
Obrigada
Abs
Fernanda”

20 minutos depois chega um arquivo do Word. Isso mesmo: .doc
“O que diabos essa pessoa mandou?”, penso.
Sim, pois é. Lá estava a foto, obviamente em baixa resolução, ali, colada na página, sozinha, no meio daquela folha branca.
“Melhor eu ligar”, pondero.

-Oi! Aqui é a Fernanda. Eu que acabei de te mandar um email pedindo uma foto, lembra?
-Ah, claro. Chegou certinho?
-Na verdade chegou, mas é que ela tá em Word e a resolução tá baixa. Não tem como você me mandar em jpg mesmo?
-Como assim?
-Mandar o arquivo, sem colar ele no Word.
-Mas eu te mandei o arquivo.
-Sim, sim. Mas é que como você colou num programa de texto, perdeu qualidade.
-Ué. Mas você não tá vendo a foto?
-Tô. Mas é que eu preciso do arquivo.
-Ah. Se você ta vendo a foto, tá tudo certo, né? Por que você não pede pra alguém que entende de computador te ajudar?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Solista

Detestei o filme. Acho que não merecia nem uma linha sequer, mas se você estiver sem fazer nada, vai aí a resenha.

Eu não tinha lá muita expectativa: qualquer blockbuster e uma pipoca média me fariam feliz. Mas aí o filme começa. Robert Downey Jr. é o estereótipo de um jornalista de uma redação do L.A Times que parece ter saído direto dos anos 60. Nem o Daily Planet do seriado do Superman era tão esquisito. Parece mais um arquivo morto que uma redação de jornal.

Lá pelas tantas ele encontra o músico maluco (O Jammie Fox tá virando especialista em músicos). Quando finalmente rola um flashback e você imagina que vamos sair do jornalismo estereotipado e quem sabe entrar em uma versão low budget de Ray, volta o Robert (que pelo jeito tem 6 meses pra escrever a coluna pro jornal). A parte boa é que jornalista merece se ver assim, sem o mínimo de pesquisa e cuidado pra ver como é bom mexer com a vida alheia.

Detalhe é que o músico é bem bem bem doido no começo do filme. Aí, subitamente, o cara fica são. Nem parece um esquizofrênico. Só no final é que ele fica louco novamente. Falta de coerência maluca. As tentativas de suspense psicológico/psicodélico vão do risível ao ridículo. Um minuto de luzes coloridas piscando na tela, totalmente desconectadas da linguagem do filme. E tem ainda o rolo do casamento falido, que a gente descobre só no meio do filme, e é desenrolado em 7 ou 8 linhas de diálogo fora da trama. Aliás, a capacidade de emocionar do diretor e da roteirista são nulas. E pra fechar com clichê, legendas com texto em off.

O Solista tenta ser um filme de jornalismo e esquizofrenia, um filme de crítica social, um drama, e fica no meio termo. Uma bela película pra entrar na categoria pato: canta, anda, nada e voa, mas não faz nada direito.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

como NÃO paquerar

-Ooooooooi, Fernandinha.
-Oi?
-Não lembra de mim, né?
-Hmm, não. Desculpa.
-Te vi tocando e fui falar com você. Daí a gente já se encontrou por aí umas vezes.
-Ah, lembrei! Tudo certo?

Papovaipapovem.

-Tava vendo umas fotos suas. Você fica muito diferente.
-Ah, pois é. Não sou muito fotogênica.
-Não é bem isso. Acho que é porque você tem essas bochechas grandonas. Daí quem vê uma foto sua assim, meio de rosto, chuta que você é bem gordinha.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Boxe

Queria que a raiva desse para as minhas mãos a mesma habilidade que dá pra minha língua. Eu seria campeã de uma categoria nova: os pesados ligeiros.

PS: como é difícil escrever mais que 140 caracteres. Afe.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

declaração inicial

Curitiba – São Paulo
São Paulo – Buenos Aires
Quase 5 horas de espera no aeroporto.
Almoço: 30min
Visita a todas as lojas possíveis com direito a passagem calma pela livraria e tiração de sarro das lembrancinhas artesanais: 1h20min
Ida ao banheiro e comentários do tipo “tá faltando gordura aqui”: 10min
Passeio pela parte externa do aeroporto, que inclui visita a um monumento histórico e demolição de parte do jardim selvagem: 30min
Contação de baphons: 20min
Mensagens aleatórias: 10min
Saldo: mais de 1h.

Duas hiperativas, já no cúmulo do desespero e no final da criatividade, passam em frente ao salão de beleza.
“Vamos fazer as unhas?”
Preço: 25 reais. Só a mão.
25 reais são 50 pesos. 50 pesos é uma boa garrafa de vinho.
Nem fodendo.
Há alguns passos dali, uma farmácia.
“Você também pensou nisso?”

Resumindo: nós duas fazendo as unhas no meio da praça de alimentação, infestando o local com cheiro forte do esmalte e da acetona, recebendo caretas desaprovadoras quanto a nossa atitude egoísta, rindo de quem borrava mais, de como faríamos para pegar a passagem no bolso sem estragar o trabalho ou do quão ridículo ia ser nós duas por aí de unhas idênticas.
“Acho que a gente tá incomodando”, digo eu.
“Foda-se”, diz ela.

Essa história nem é tão boa, mas serve bem pra resumir o quanto Milana e eu temos aí, essa coisa bonita, essa cumplicidade, essa sintonia.
O blog conjunto é só consequencia.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Primeiro post

Escrever num blog novo é como chegar numa festa onde você tem só um conhecido (um daqueles que a gente preza, porque pra convencer a ir numa festa esquisita...). Dá um frio, você respira fundo, olha pra um ponto qualquer da parede em frente e se joga. Aí tem duas opções:

1- o amigo é daqueles bons e já está no maior papo com as pessoas bonitas da festa, que vão encher o seu copo durante o resto da noite.
2- o amigo é dos atrasados e te deixa plantada por 25 minutos com um copo de qualquer coisa, duas idas ao banheiro, 4 sms e duas ligações que não existem, mas você finge estar falando no telefone. Aí ele chega já bêbado, arruma um affair e causa o seu desperdício de figurino (afinal, a gente sempre se arruma mais pra ir em festas de desconhecidos).

Pelo que eu conheço da Nanda, esse blog vai ter o desfecho 1. Figas!