segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Balança

Comprar é um prazer. Se não fosse a gente não passaria 8 (ou 15) horas do dia trabalhando pra conseguir dinheiro. Não só as coisas que você leva e usa, mas também o sushizinho, o chopp - eisenbahn! - da sexta-feira e a entrada daquele show.
Quando não se tem dinheiro, tudo isso desaparece. A alegria de comer um queijo mofado ou ter uma blusa nova bonita pra exibir ficam no extrato da conta. Toda e qualquer pequena coisinha que você tem vontade de fazer, ou no meu caso comer, custa dinheiro que você não tem ou não pode gastar. E comer é o que eu mais gosto de fazer. Mais até do que de não fazer nada.
Por hora me equilibro em outros prazeres que estou descobrindo nessa vida nordestina. Vamos lá: um belo banho de água salgada depois de correr na areia fofa, um banho de água gelada depois de um banho de água salgada, passar o dia todo de chinelo, ver as pernas definindo e a celulite indo embora, ler na rede tomando a brisa do mar nas fuças, sentir o fresquinho do hidratante, cozinhar ouvindo minhas músicas preferidas, ver filmes ruins e um inusitado: esporadicamente entrar no ar condicionado (a rima é acidental).
Ok, confesso. Dane-se a hiponguice. Troco vida por dinheiro.

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